domingo, 2 de abril de 2017

SÓ A VIOLÊNCIA EXPLÍCITA REVOLTA

O ser humano é mesmo um problema pra ser resolvido apenas pelas altas esferas do mundo espirirual ou por extraterrestres de outras galáxias. Milênios de gerações de exemplos e sofrimento não foram suficientes pra que a humanidade colocasse o raciocínio lógico à frente de seus instintos e renunciasse à sua teimosia atávica.

O ser terrestre é capaz de resolver equações complicadíssimas, mas falta-lhe cognição para ligar fatos recorrentes da história e um mínimo de humildade para rever e abandonar suas convicções. E com isso o mau sempre vence, mesmo que temporariamente, o suficiente para produzir grandes estragos que levam gerações inteiras para serem reparados. É a ignorância em ação.

Herodes, Luiz XVI, Hitler, Mussolini, Mao Tsé-Tung, Lenin, Stalin, Pinochet, Idi Amin, Kadafi, Fidel, enfim, uma lista interminável de governantes que cometeram crimes covardes contra a humanidade servem hoje apenas de instrumentos para ofender o adversário político. Ofendem sem a mínima base de conhecimento histórico, sem perceberem que a comparação não resistiria nem aos singelos argumentos de um simples e curioso leitor de livros de história.

Só a violência explícita revolta. Os fanáticos são incapazes de ligar as coisas por analogia. Incapazes de perceber as sutilezas da maldade e da injustiça. A foto ou o vídeo da morte de um idoso na fila do SUS ou de uma criança por bandidos revolta a esquerda e a direita, mas ambas são incapazes de ligar a cena que veem com a corrupção de seus heróis, apenas a de seus adversários. Como se esses vagabundos ou suas causas estúpidas de intenções veladas justificassem a morte diária de milhares seres humanos entregues aos caprichos e interesses desses sub-humanos hipócritas.

O Brasil foi COMPROVADAMENTE saqueado em TRILHÕES de reais nos últimos 14 anos, mas ao invés do povo se unir em torno do combate a essa corrupção assassina, fica discutindo se ela é endêmica, se isso acontece porque o político ladrão é um produto do meio e sobre qual o próximo herói político que virá nos salvar.

Salvar-nos de quem? De nós mesmos?