sábado, 7 de maio de 2016

O IMPEACHMENT É O FIM DO FORO DE SÃO PAULO



Em junho de 1988 foi realizada a 19ª Conferência do Partido Comunista da União Soviética. Naquela oportunidade debateram-se os caminhos da “PERESTROIKA” de Mikhail Gorbachev, e já se vislumbrava a eminente queda do Muro de Berlim, o que de fato aconteceu em 9/11/1989.

Com a queda do Muro e com o desmoronamento planejado do comunismo pela União Soviética, Fidel Castro e as esquerdas latino-americanas perderam seu tutor financeiro e ideológico, a Rússia. Era preciso, portanto, articular a criação de um organismo que pudesse manter viva a “chama ideológica marxista-leninista”, bem como orientar e coordenar as suas ações comunistas no Continente.

Antes, porém, em janeiro de 1989, em Havana, por ocasião da reunião de cúpula do Partido Comunista de Cuba e o PT do Brasil foi estabelecido que, se Lula não ganhasse as eleições em novembro de 1989, deveria ser formada uma organização para coordenar as ações de toda a esquerda continental e que a liderança e organização do processo caberia a Luiz Inácio “Lula” da Silva. Portanto, Fidel já sabia dos planos arquitetados na 19ª Conferência do Partido Comunista e preparava terreno no Continente.

Aproveitando o poder parlamentar que tinha o Partido dos Trabalhadores (PT) no Brasil, Fidel Castro, com o apoio de Luis Inácio “Lula” da Silva, convocou os principais grupos terroristas revolucionários da América Latina para uma reunião na cidade de São Paulo. Acudiram ao chamado de Fidel e Lula, além do próprio PT e do Partido Comunista de Cuba, o Exército de Libertação Nacional (ELN), as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua, a União Revolucionária Nacional da Guatemala (URNG), a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, e o Partido da Revolução Democrática (PRD) do México.

Este é o eleitor brasileiro emulando a avestruz. E essa nefasta ação do eleitor avestruz não se restringe aos estratos menos informados da população. Haja vista que a maioria dos ricos e boa parte da classe média verdadeira, como mostram as pesquisas, concedem o seu apoio à Dilma ou Marina Silva, as duas candidatas do Foro de São Paulo.

O PRIMEIRO ENCONTRO

O primeiro Encontro aconteceu no Hotel Danúbio na cidade de São Paulo, no período de 1 a 4 de julho de 1990. O nome “FORO DE SÃO PAULO” foi adotado na segunda reunião realizada na cidade do México, no período de 12 a 15 de junho de 1991, quando reuniu 68 organizações de 22 países. E assim nasceu o FORO DE SÃO PAULO. Uma coalizão de terroristas revolucionários, partidos comunistas, partidos de esquerda, enfim, a escória do Continente latino-americano, Caribe e América Central.

Para dirigi-lo centralizadamente, foi criado um Estado Maior civil constituído por Fidel Castro, Lula, Tomás Borge e Frei Betto, entre outros, e um Estado Maior militar, comandado também pelo próprio Fidel Castro, além do líder sandinista Daniel Ortega e o argentino Enrique Gorriarán Merlo.

Em 1991, foram elaborados os estatutos do Foro e escolhida uma direção que ficou composta pelo Partido Comunista Cubano (Cuba), Partido da Revolução Democrática (México), Partido dos Trabalhadores (Brasil), Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (El Salvador), Movimento Lavalas (Haiti), Movimento Bolívia Livre e os 6 partidos integrantes da Esquerda Unida (Peru) e da Frente Ampla (Uruguai, uma frente constituída por diversos partidos e organizações, dentro da qual o Movimento Tupamaros é hegemônico). Em 1992, a URNG – União Revolucionária Nacional Guatemalteca, que agrupa várias organizações voltadas para a luta armada, foi admitida como membro dessa direção.

A partir do II Encontro, realizado no México no período de 12 a 15 de junho de 1991, o FORO DE SÃO PAULO passou a ter CARÁTER CONSULTIVO e DELIBERATIVO dos Encontros. Isso significa que as decisões aprovadas em plenárias e constantes das Declarações finais passaram, a partir de então, a ser consideradas DELIBERATIVAS, isto é, DECISÓRIAS EM TERMOS DE ACEITAÇÃO e CUMPRIMENTO pelos membros do Foro, subordinando-os, portanto, aos ditames dos Encontros na ação a ser desenvolvida em nível internacional e nos respectivos países. Tais deliberações obedecem a uma política internacionalista, com vistas à implantação do socialismo no continente, fato que transfere para um segundo plano os interesses nacionais e fere os princípios da soberania e autodeterminação. A Lei Orgânica dos Partidos Políticos (LOPP) e a Constituição da República definem que “A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com o seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros” (artigo 17 da Constituição e item II, artigo 5º da LOPP). Isso no conceito dos dirigentes dos países membros do FORO DE SÃO PAULO é letra morta.

A DESCOBERTA DO FORO

O FORO DE SÃO PAULO foi descoberto por José Carlos Graça Wagner, um advogado paulista e que o denunciou publicamente em 1º de setembro de 1997, em painel realizado na Escola Superior de Guerra, que versava sobre o tema “Movimentos Sociais e Contestação Sócio-Política – a Questão Fundiária no Brasil”. Com a sua morte, passou a acompanhar e denunciar a formação “eixo do mal” pelo Foro de São Paulo, o jornalista, filósofo e ensaísta, Olavo de Carvalho, o que lhe custou o emprego no jornal “O Globo” e muitos outros periódicos nos quais era articulista.

Lula presidiu a reunião de fundação do Foro de São Paulo em 1990 e até hoje é seu chefe máximo, depois que o ditador Fidel Castro se transformou num morto-vivo pela velhice e a doença.

O FORO DE SÃO PAULO permaneceu no mais absoluto anonimato, eficientemente protegido pela mídia brasileira, toda ela engajada no esquerdismo marxista. O público brasileiro, mais atento, somente tomou conhecimento e muito discretamente, quase que imperceptivelmente, por ocasião do 7º Encontro realizado na cidade de Porto Alegre em julho de 1997. Foi apenas uma discreta aparição que a imprensa brasileira procurou ocultar por meio da suspensão de todo e qualquer destaque que pudesse levantar suspeitas do que se tratava esse encontro, apesar de presentes 158 delegados, 58 partidos procedentes de 20 países, 36 organizações fraternas e cerca de 400 representantes de partidos e organizações de esquerda do continente.

No dia 2 de julho de 2005, por ocasião do XII Encontro ocorrido em São Paulo, se comemorou os 15 anos de fundação da organização, com discurso laudatório do presidente do Brasil cujo trecho selecionado é reproduzido a seguir:

“Foi assim que nós pudemos atuar junto a outros países com os nossos companheiros do movimento social, dos partidos daqueles países, do movimento sindical, sempre utilizando a relação construída no Foro de São Paulo para que pudéssemos conversar sem que parecesse e sem que as pessoas entendessem qualquer interferência política. Foi assim que surgiu a nossa convicção de que era preciso fazer com que a integração da América Latina deixasse de ser um discurso feito por todos aqueles que, em algum momento, se candidataram a alguma coisa, para se tornar uma política concreta e real de ação dos governantes. Foi assim que nós assistimos a evolução política no nosso continente.”

“E é por isso que eu, talvez mais do que muitos, valorize o Foro de São Paulo, porque tinha noção do que éramos antes, tinha noção do que foi a nossa primeira reunião e tenho noção do avanço que nós tivemos no nosso continente, sobretudo na nossa querida América do Sul.”

“Por isso, meus companheiros, minhas companheiras, saio daqui para Brasília com a consciência tranqüila de que esse filho nosso, de 15 anos de idade, chamado Foro de São Paulo, já adquiriu maturidade, já se transformou num adulto sábio. E eu estou certo de que nós poderemos continuar dando contribuição para outras forças políticas, em outros continentes, porque logo, logo, vamos ter que trazer os companheiros de países africanos para participarem do nosso movimento, para que a gente possa transformar as nossas convicções de relações Sul-Sul numa coisa muito verdadeira e não apenas numa coisa teórica.” (Discurso de comemoração dos 15 anos do Foro, julho de 2005).

Exército da Venezuela destruiu todas as caixas contendo os votos emitidos pela máquina de votação que permitiria uma auditoria na última eleição que elegeu o tiranete Nicolás Maduro. Para o esquema do Foro de São Paulo tanto faz se for urna eletrônica que emite comprovante do voto ou simplesmente voto em papel. De todo jeito a eleição pode ser fraudada como foi recentemente na Venezuela.

DITADURAS VIA ELEIÇÕES

A documentação acerca do FORO DE SÃO PAULO jamais teve ampla divulgação, tendo sido inicialmente publicado apenas na edição doméstica do GRANMA, órgão oficial do Partido Comunista Cubano. Na edição internacional nada transpirou. Mais tarde, passou a ter algum tipo de noticiário restrito em poucos jornais de alguns países e, até numa revista editada na Argentina chamada “América Libre”, quase de circulação interna, dirigida por Frei Betto.

O objetivo do Foro de São Paulo é implantar governos socialistas na América Latina, via eleições “democráticas”, que mais tarde serão convertidos em governos totalitários, a exemplo do modelo cubano em vigor, tudo sob a falsa retórica de “democracia”, tal como eles, os comunistas entendem. Os campos de atividade do Foro são a subversão política e social de todo o continente latino-americano. Veja-se o caso de Zelaya na embaixada brasileira em Honduras. Tudo sob a falsa retórica da “democracia”, repito. Trata-se, portanto, de uma organização que se mantém no anonimato para que seus projetos totalitários não sejam identificados antes que se complete o plano de dominação e implantação do pensamento hegemônico no Brasil e no continente Latino-americano. Para este desiderato o FORO DE SÃO PAULO conta com o apoio da ONU e da OEA.

Como vimos, participam do FORO DE SÃO PAULO partidos e organizações de esquerda, reformistas e revolucionárias; Partidos Comunistas que se definem como marxistas-leninistas; organizações e grupos trotskistas; Partidos Comunistas que continuam se definindo como marxistas-leninistas-maoístas (da Argentina, Peru e Uruguai) e que possuem uma articulação internacional própria em 17 países; Partidos Socialistas filiados ou não à Internacional Socialista; organizações que continuam desenvolvendo processos de luta armada, como as FARC e ELN, na Colômbia e organizações que participaram da luta armada e hoje atuam na legalidade, como o Movimento 19 de Abril, também da Colômbia e os Tupamaros, do Uruguai.

Esta é, portanto, a breve radiografia do FORO DE SÃO PAULO, uma organização que os brasileiros não conhecem e a maioria nem sabe que existe, e cujo objetivo maior é comprar a sua alma para vendê-la ao demônio.

Leia mais no Blog do Aluizio Amorim

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