domingo, 24 de junho de 2012

Desejos requentados e não saboreados

Existem pessoas que vivem trocando seus amores e círculos de amizade, colecionando ciclos interrompidos e alimentando esperanças com falsas e intermináveis sensações de recomeço. Passam a vida inteira "requentando" desejos sem os reavaliar, tornando esses ciclos cada vez menores. Nossas vitórias resultam dos nossos desejos e nossas derrotas, das expectativas que alimentamos.

Confúcio dizia: "Conta-me o teu passado e saberei o teu futuro." É óbvio que ele não se referiu ao determinismo do destino, mas às repetições ou padrões que o ser humano mantém em suas tentativas, seja nos relacionamentos de amor e amizade ou na sua vida profissional. Esses padrões são apenas efeitos e não causas. Temos de transcender esses padrões para chegar nas verdadeiras causas. Se assim fizermos, certamente chegaremos aos desejos originados por falsos valores que assimilamos ao longo da vida e os incutimos no nosso ego. Valores que outros nos impõem; valores que nos são aconselhados; valores estes que não submetemos ao nosso EU, sincera e profundamente.

Como disse Lao-Tsé, "Põe de lado o artifício e afasta o lucro e não haverá mais bandoleiros e ladrões. Mantém-te na simplicidade, restringe o egoísmo e refreia os desejos."

Enfim, nosso grande desafio é transcender o ego e a dualidade da mente, restabelecendo em nós princípio original da UNIDADE.

Só assim o CICLO ÚNICO se fechará.

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